A combinação da Terapia Psicológica, Ocupacional e Fisioterapia parece ser útil na redução da fadiga e da severidade dos sintomas. Contudo, ainda é raro o oferecimento sistêmico/governamental destas técnicas por longos períodos. Em contrapartida, o Tai Chi Chuan tem se tornado cada vez mais acessível ao público.
O Tai Chi considera tanto os aspectos físicos quanto a atitude psicológica, tendo se provado muito eficaz na melhoria do equilíbrio, da postura, da flexibilidade, do vigor, da pressão sanguínea diastólica, da força muscular e do bem-estar geral.
Neste trabalho, foi desenvolvido um programa de intervenção baseado em exercícios fundamentais do Tai Chi. O programa não tinha a intenção de ensinar aos voluntários as posturas complexas associadas à prática de longo prazo, mas sim focar nos princípios fundamentais do equilíbrio, do movimento, da consciência sensorial e da respiração. Tais princípios são conhecidos como Qi Gong, cuja tradução literal significa cultivo da energia. O programa também incluía a Tui Na, uma automassagem relativa ao Qi Gong.
Os voluntários portadores de Esclerose Múltipla previamente diagnosticada passaram por seis sessões individuais de Tai Chi Chuan, recebendo instruções para a prática diária em casa de, no mínimo, 30 minutos. Questionários específicos foram respondidos imediatamente antes e depois de cada intervenção.
A Esclerose Múltipla tem um mecanismo imprevisível, sendo este um fator que dificulta a avaliação da eficácia dos tratamentos propostos. Os resultados apresentaram padrões interessantes, como a melhoria do aspecto depressivo, em função da sensação de “poder fazer algo”, dando ao indivíduo o senso de domínio sobre si mesmo. Melhorias em equilíbrio foram obtidas por quase todos os voluntários. Além disso, observou-se melhoras em caminhadas, quer fosse em distância percorrida ou na capacidade de ficar em pé.
O Espargírica respeita a Lei 9610/98, Lei do Direito Autoral, referenciando a fonte completa da informação:N. Mills, J. Allen, S.C. Morgan, Does Tai Chi/Qi Gong help patients with Multiple Sclerosis?, Journal of Bodywork and Movement Therapies, 4(1), 2000, 39-48.