Na mais completa investigação realizada pelo programa de Tai Chi Chuan realizado pela Fundação da Artrite, os participantes apresentaram melhora significativa de sintomas de dor, fadiga, rigidez muscular e na sensação geral de bem-estar, além da melhora significativa do equilíbrio emocional. A pesquisa foi coordenada por Leigh Callahan, professor da University of North Carolina at Chapel Hill School of Medicine e membro do Centro de Pesquisa Thurson sobre Artrite da mesma universidade.
Os estudos apresentaram benefícios significativos do Tai Chi Chuan para todos os voluntários com sintomas de artrite, inclusive de fibromialgia, artrite reumática e osteoartrite. Foram recrutados 354 participantes de 20 diferentes localidades dos estados da Carolina do Norte e de New Jersey, distribuídos aleatoriamente em dois grupos. O grupo que participou das atividades realizou exercícios de Tai Chi Chuan durante oito semanas, duas vezes por semana. Foram recrutadas pessoas com os sintomas severos das doenças assinaladas, tão severos que não permitiam realizar exercícios de Tai Chi Chuan de pé, apenas sentados. As medidas de desempenho incluíram o tempo de permanência de pé, velocidade de caminhada, e duas avaliações de equilíbrio: a permanência por sobre uma única perna e teste de alcance. Ao final das oito semanas, todos os que realizaram os exercícios apresentaram melhoras significativas, tanto nos sintomas físicos quanto psicológicos.
Outro estudo foi realizado por pesquisadores da Boston University School of Medicine, que demonstrou que exercícios de yoga apresentam excelente efeito positivo no humor e em níveis de ansiedade, melhor do que simplesmente caminhadas ou outras formas de exercícios. Os resultados foram correlacionados com a liberação de GABA (ácido gama-amino butírico) no cérebro, e publicados no The Journal of Alternative and Complementary Medicine.
Usualmente os níveis de GABA são menores em pessoas com ansiedade e muita variação de humor, que recebem medicamentos para aumentar a produção de GABA para tratar os sintomas. Durante o estudo realizado foram realizadas medidas dos níveis de GABA depois dos exercícios de yoga. Os resultados indicaram aumento na produção de GABA pelo tálamo. Os autores indicam que a prática de yoga estimula áreas cerebrais específicas, que se tornam mais suscetíveis ao aumento dos níveis de GABA.
Em entrevista, o editor-chefe da revista onde o estudo foi publicado enfatizou a importância dos resultados, por fornecerem bases objetivas para explicar os efeitos benéficos que os praticantes diários de yoga desfrutam. Segundo Kim A. Jobst, um objetivo posterior será de verificar como a prática prolongada de exercícios de yoga pode contribuir para o tratamento de depressão sem uso de medicamentos.
Streeter, C., Whitfield, T., Owen, L., Rein, T., Karri, S., Yakhkind, A., Perlmutter, R., Prescot, A., Renshaw, P., Ciraulo, D., & Jensen, J. (2010). Effects of Yoga Versus Walking on Mood, Anxiety, and Brain GABA Levels: A Randomized Controlled MRS Study The Journal of Alternative and Complementary Medicine, 16 (11), 1145-1152 DOI:10.1089/acm.2010.0007
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