sábado, 30 de julho de 2011

Tai Chi supera danos cognitivos da quimioterapia por Christian Basi

Tai Chi supera danos cognitivos da quimioterapia
A ênfase nos movimentos lentos torna o Tai Chi particularmente apropriado para uma ampla gama de níveis de aptidão física. [Imagem: Jakub Ha?un/Wikimedia]

Danos cognitivos da quimioterapia

Os pacientes que se submetem àquimioterapia não sofrem apenas enjoos e queda de cabelos como efeitos colaterais negativos.

Estudos indicam que um número significativo de pacientes que recebem o tratamento agressivo, mas ainda sem substituto, também experimentam declínio cognitivo, incluindo a diminuição da fluência verbal e da memória.

Agora, uma psicóloga da saúde da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, encontrou evidências que indicam que o Tai Chi Chuan, uma arte marcial chinesa, pode ajudar a superar alguns desses problemas cognitivos.

Tai Chi Chuan

"Os cientistas sabem há anos que o Tai Chi impacta positivamente a saúde física e emocional, mas esse estudo descobriu indícios de que ele pode ajudar também no funcionamento cognitivo," disse Stephanie Reid-Arndt, autora do estudo.

"Nós sabemos que essa atividade pode ajudar as pessoas com a sua qualidade de vida em geral e, com esse novo estudo, ficamos entusiasmados sobre como o Tai Chi pode também ajudar aqueles que recebem a quimioterapia. Eu também espero que isso incentive mais pessoas a pensar positivamente sobre o Tai Chi em suas vidas em geral," acentua a pesquisadora.

O Tai Chi envolve a prática de movimentos lentos e é baseado em vários princípios, incluindo a plena consciência, ou consciência da mente alerta, a consciência da respiração, o relaxamento ativo e movimentos lentos.

A ênfase nos movimentos lentos torna o Tai Chi particularmente apropriado para uma ampla gama de níveis de aptidão física, o que o torna muito útil para pessoas que foram submetidas a cirurgias e tratamentos agressivos, como a quimioterapia, e pode por isto estar passando por limitações físicas.

Benefícios físicos e cognitivos

O estudo realizado pela pesquisadora acompanhou um grupo de mulheres que haviam passado pela quimioterapia.

Elas participaram de uma aula de 60 minutos de Tai Chi, duas vezes por semana, durante 10 semanas.

As mulheres foram avaliadas quanto à memória, linguagem, atenção, estresse, humor e fadiga, antes e após as sessões de 10 semanas.

Segundo a Dra. Stephanie, os resultados dos testes indicam que as mulheres tiveram melhorias significativas em sua saúde psicológica e em suas habilidades cognitivas.

"O Tai Chi realmente ajuda as pessoas a focar sua atenção, e este estudo também demonstra o quão bom o Tai Chi poderia ser para qualquer pessoa, quer tenham ou não sido submetidas a um tratamento para câncer", disse ela.

"Devido à pequena dimensão deste estudo, nós realmente precisamos testar um grupo maior de indivíduos para obter uma melhor compreensão dos benefícios específicos desta atividade para os pacientes que foram tratados com quimioterapia e quão significativas estas melhorias podem ser," concluiu.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O caminho da prática verdadeira no Tai Chi Chuan

Treinar o tai chi chuan é cultivar em nosso interior o verdadeiro sentimento que brota em nossos corações, através disso podemos nos ligar com o UM e retornar a origem. Treinamos para eliminar os três venenos do nosso coração (Desejo desnecessário, raiva e a ignorância).Na busca de uma Paz interior. Não compreender isso, seria não compreender a vida, não compreender o verdaderiro TAO. Não importa qual tai chi chuan se pratica, o importante é o cultivo da espiritualidade em equilibrio. Abraço a todos e bom treinos.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Tai chi chuan vira estrela de novas pesquisas científicas

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IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO

Os pés ficam enraizados no solo e o topo da cabeça é puxado levemente por um fio imaginário para o alto. As costas se arredondam e os ombros se afundam.

Suavemente, as palmas das mãos sobem para os céus, descem para a terra e se unem sobre o umbigo, centro de equilíbrio do corpo.

Juca Varella/Folhapress
Aula na Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan, em SP
Aula na Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan, em SP

Começa um treino de tai chi chuan. Os movimentos, que se multiplicam de forma fluida e em ritmo lento, são facilmente reconhecidos pelo público ocidental.

A fama conquistada pela prática não vem só do fascínio pelo "exótico" ou do prazer estético que sequências rítmicas, como as de danças, costumam causar. O tai chi chuan, arte marcial chinesa, tem sido muito estudado por seus efeitos na saúde.

As últimas pesquisas acabam de ser publicadas em importantes revistas médicas internacionais.

No jornal da Associação Médica Americana, há um estudo da Universidade Harvard mostrando que a prática melhora a qualidade de vida de pessoas com insuficiência cardíaca crônica.

No "British Medical Journal", uma revisão de estudos comprova a eficácia do tai chi para diminuir quedas e melhorar a saúde mental.

A médica geriatra Juliana Yumi, do Hospital das Clínicas de São Paulo, diz que isso acontece porque a prática é muito mais do que os simples exercícios.

"Envolve coordenação, respiração, meditação. E usa bastante a parte cognitiva. Você tem que estar consciente de sua postura, saber o nome dela, geralmente em chinês, o que significa criar uma imagem mental e reproduzi-la com seu corpo."

Acompanhar a cauda do pássaro, abrir as asas e abraçar a árvore são exemplos disso. Além da poesia, tem um lado de ciência, mesmo que não seja aquela mais facilmente compreendida pelo pensamento lógico.

"Os movimentos fazem a energia circular da mão para a cabeça, da cabeça para os pés, dos pés para o tronco. São os fluxos de energia entre os meridianos do corpo usados na acupuntura", diz Jerusha Chang, presidente da Associação Tai Chi Pai Lin.

O equilíbrio é alcançado pela alternância de movimentos de recolhimento e de expansão, ataque e defesa em termos de artes marciais, yin e yang (princípios complementares ativos e passivos) no Taoísmo.

"A concentração e a coordenação da respiração com os movimentos acalmam mente e corpo", diz Ângela Soci, diretora da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan.

NATAÇÃO NO AR

O fato de ser altamente relaxante não significa que é moleza em termos de trabalho físico. "A prática aumenta a força muscular e o condicionamento cardiovascular", afirma Yumi.

"O tai chi é como uma natação no ar. Parece que não tem nada, mas a pessoa está usando o próprio peso e a força da gravidade", diz Chang.